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35 anos, carioca e mãe do João Victor (11 anos e autista)
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Fio Cruz x Autismo

Fiocruz desenvolve exame inédito, e mais confiável, para autismo

23 de outubro de 2009
Por Maria Carolina Maia



O Brasil está desenvolvendo um exame laboratorial inédito para o diagnóstico do autismo, uma alteração caracterizada por isolar seu portador do mundo ao redor. O método promete ser uma alternativa mais confiável aos testes de laboratório hoje usados para identificar a doença. "Ainda estamos em fase de estudos, mas os resultados são promissores", diz o pesquisador responsável, Vladmir Lazarev, do Instituto Fernandes Figueira, centro de pesquisas ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. "Testamos o método em 16 autistas jovens e obtivemos dados homogêneos, muito significativos estatisticamente. Agora, queremos fazer novos testes. A previsão é de que o exame esteja pronto em até cinco anos."

De acordo com Lazarev, cientista russo radicado no Brasil há 15 anos, a vantagem do novo método está no uso da foto-estimulação rítmica. O recurso torna o exame mais completo que outros. Em linguagem comum: durante o já usual encefalograma (radiografia), projeta-se sobre o paciente uma luz que pisca de forma ritmada, estimulando o cérebro a acompanhar. Como o autismo é uma doença do cérebro, a reação deste ao estímulo luminoso pode indicar se ele se enquadra ou não no campo da doença.

Os 16 autistas examinados durante a pesquisa, por exemplo, apresentaram deficiência no lado direito do cérebro. Nesta parte, que é responsável pelas habilidades sócioafetivas da pessoa - confira aqui quadro sobre o cérebro -, a mente dos pacientes seguia o ritmo da luz, mas de maneira mais tímida. "Com isso, podemos concluir que há uma deficiência funcional no hemisfério cerebral direito do autista", explica Lazarev.

Exames de imagem como a encefalografia (radiografia do cérebro feita após a retirada de um fluido do local) ou o próprio encefalograma, se empregados sozinhos, deixam o paciente em estado de repouso. Nessa situação, não se nota nenhuma alteração na atividade elétrica do cérebro. Os resultados, portanto, nem sempre são satisfatórios.

Diagnóstico complexo - Os métodos laboratoriais, chamados de métodos de tipo objetivo, complementam o diagnóstico do autismo feito clinicamente, quando o paciente, em geral uma criança, é avaliado por médicos de diferentes especializações: pediatra, neurologista e fonoaudiólogo, além de um psicólogo. Ou seja, isoladamente, o parecer deve sempre ser associado aos exames de laboratório. "A dificuldade em diagnosticar clinicamente o autismo se deve ao fato de a doença, um mal neuropsiquiátrico funcional, ter aspectos parecidos com os de outras enfermidades", explica Lazarev. Daí a importância de um diagnóstico objetivo cada vez mais confiável.

A grande maioria dos doentes - entre 60% e 70% - tem comprometimento da linguagem, em níveis variáveis. O restante - de 30% a 40% - tem linguagem e inteligência normais e, tecnicamente, são chamados de autistas de alto desempenho. Embora sejam iguais aos demais na dificuldade de compreender o contexto em que se encontram, emitem menos sinais da doença, que pode demorar a ser identificada e tratada. Isso é um fator de risco.

Entenda melhor a doença - Segundo Adailton Pontes, parceiro de Lazarev na pesquisa, o autismo é considerado hoje não apenas uma doença, mas uma série de distúrbios de desenvolvimento capazes de comprometer a interação social, a comunicação social e as habilidades imaginativas. "O autismo não é uma coisa única, há várias formas de autismos que variam no grau de comprometimento das funções - mais leve, moderado, mais grave e com níveis diferentes de inteligência", diz o pesquisador.

A base da doença é genética. O papel do ambiente - das influências externas recebidas pelo autista - ainda é desconhecido. "O que se sabe é que a pessoa nasce com predisposição para o autismo e, já a partir dos dois anos pode apresentar os primeiros sinais da doença, como a ausência de linguagem e a dificuldade de brincar", conta Pontes. "O ideal é diagnosticar a doença até os três anos. Está provado que, quando se faz a intervenção precoce, o prognóstico é melhor. Eles não vão se curar, mas vão se desenvolver mais, vão superar algumas dificuldades que os outros podem não superar porque não foram estimulados."

O autismo não tem cura, mas o portador da doença pode tomar remédios contra sintomas específicos, como a agressividade.
quinta-feira

Brincar para Crescer - Introdução

Brincar para Crescer - 201 atividades projetadas para ajudar sua criança especial a desenvolver habilidades sociais fundamentais é um livro de Tali Field Berman e Abby Rappaport o qual, eu Danielle, estou tendo o imenso prazer de desfrutar de suas brincadeiras com meu filho João Victor.
Livro este não disponível para download na internet e por conta disto faço questão de compartilhar algumas atividades com vocês. Pretendo disponibilizar as 201 atividades mas não as garanto de imediato pois, terei que digitar uma a uma.

São cinco (5) passos fundamentais para a utilização do livro:

01. Identificar :: Utilize o Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise para identificar o estágio no qual sua criança se encontra. O estágio é determinado ao se considerar todos os quatro fundamentos do Son-Rise (contato visual, comunicação, período de atenção compartilhada e flexibilidade). Após identificar o estágio no qual sua criança se encontra, vá ao capítulo com as atividades correspondente do livro. É claro, que muitas crianças encontram-se em mais de um estágio. Se este for o caso, examine as atividades em todos os estágios que digam respeito a sua criança e escolha aquelas que você considera apropriadas. Lembre-se que cada estágio é uma categoria geral, e não pretende ser exata. Você poderá notar que sua criança ainda não está pronta para as atividades listadas no estágio dela, ou que ela é capaz de brincar com atividades mais sofisticadas. Se este for o caso, examine todas as atividades antes ou depois do estágio no qual sua criança se enquadra.

02. Escolher :: Escolha a habilidade (objetivo) que será seu alvo, dentro do estágio de sua criança. Selecione uma atividade que se concentre no objetivo que você escolheu. Por exemplo, se sua criança estiver no estágio três (3), você pode optar por trabalhar com "Falar em frases de 4 a 5 palavras".

03. Adaptar :: Ao encontrar uma atividade que lide com este objetivo, talvez você precise adaptá-la para torná-la mais estimulante a sua criança.

04. Fazer anotações :: Após você e sua criança participarem da atividade, faça anotações para cada atividade na seção "observações", na margem de cada página. Este espaço é para você utilizar com regularidade. Use-o para escrever qualquer coisa que achar útil, como a data em que a atividade foi realizada, e o que funcionou efetivamente ou não.


Abaixo segue duas (2) opiniões de mães que já utilizam o livro a mais tempo que eu.

“Brincar para Crescer é um livro imediatamente útil, prático e fácil de utilizar. Meu filho com diagnóstico de autismo frequenta uma escola de educação especial há vários anos. Eu sempre tive vontade de complementar a sua terapia e, mais importante, conectar-me com ele em nossa própria casa. Como não recebi treinamento em educação especial, eu não sabia como proceder. Eu observei os terapeutas trabalhando com ele, e também pedi conselhos aos educadores de sua escola, mas tive dificuldade de seguir os conselhos porque meu filho geralmente não queria fazer o que me havia sido sugerido. Quando encontrei este livro, fiquei muito animada. No início, o livro sugere atividades para ajudá-lo a manter-se concentrado como base para a participação em outras atividades no futuro. Então, idéias são oferecidas para ajudá-lo com sua rigidez de forma que ele queira brincar mais comigo. O aspecto mais importante deste livro é a ênfase em se trabalhar com as motivações específicas de sua criança. Se sua criança é fascinada por Barney e precisa de ajuda para falar de forma mais clara, há atividades que mostram a você como combinar Barney com a sua meta específica para falar de forma mais clara. O livro é claro, fácil de ler, e contém dicas úteis como listas de materiais e possíveis variações para as atividades. Este livro me ajudou a adquirir a habilidade para transformar a minha vaga meta de querer brincar com o meu filho em realidade. Eu agora me sinto empolgada cada vez que me sento com ele, pois sei o que fazer. Originalmente criado como um complemento para o Programa Son-Rise®, este livro é ideal para qualquer pai ou educador que deseje brincar com sua criança especial e precise de orientações concretas.”
Sandy Ross, mãe que aplica o Son-Rise, EUA


“Após ter participado em dois cursos do Son-Rise (Start-Up e Maximum Impact), eu voltei para casa transbordando de entusiasmo, praticamente incandescente com uma atitude positiva, e muito desejosa de passar horas com o Shmuel, meu filho de sete anos de idade. Eu conhecia as motivações do meu filho. Identifiquei quais objetivos eu queria ajudá-lo a alcançar. E Brincar para Crescer foi fundamental para direcionar o meu programa com perfeição. Quando decidi ajudar o Shmuel a fazer e responder a perguntas com ‘Por quê’, eu simplesmente localizei o estágio em que ele se encontrava neste livro bem organizado, e encontrei cinco atividades que lidam com essa habilidade. E como nos divertimos com Cenas Engraçadas! - o Shmuel quer brincar disso o tempo todo e em qualquer lugar.
As instruções detalhadas de Tali e Abby não deixam nada ao acaso. A lista precisa de materiais necessários, as possíveis variações, e as dicas para as atividades me ajudaram a manter o foco no quarto de brincar. A imensa variedade de atividades e comentários divertidos por todo o livro ajudaram a me manter motivada e entusiasmada. O grande amor de Tali e Abby transborda das páginas do livro. Eu posso ouvir as palavras de encorajamento e sentir a exuberância delas em cada uma das atividades. Qualquer mãe ou pai utilizando o Son-Rise, em qualquer nível de envolvimento, vai sentir-se altamente motivado ao utilizar este livro.”
Sara Leah, mãe que aplica o Son-Rise, Israel

Brincar para Crescer - 4 elementos essenciais da atitude

A atitude é tudo: a atitude é um elemento fundamental para a efetividade da sua atividade, permeando todos os outros aspectos do Programa Son-Rise.

01. Prazer :: Somente coloque em prática atividades que você mesmo considere divertidas. Se você não quiser brincar de algo, é provável que a criança tampouco venha querer. Descarte uma atividade que não atraia você, ou adapte-a de uma forma que seja divertida. Não há nada mais contagioso do que entusiasmo sincero.

02. Convicção :: Quando você colocar uma atividade em prática, acredite que sua criança vai brincar com você! Acredite nisto mesmo que ela nunca tenha brincado de algo parecido, ou mesmo se ela já tiver se recusado a brincar disto duas vezes antes. Reserve um momento antes de inciar a atividade (e faça-o novamente durante o início da atividade) para de fato visualizar sua criança brincando disto. Assim como seu prazer sincero é essencial, também é a sua convicção. Estes elementos, ambos essenciais, tornarão mais provável que de fato a criança venha a brincar da sua atividade.

03. Persistência :: Não desanime se sua criança se recusar a brincar. "Não" não significa "não", para sempre, apenas significa "Não, por enquanto". Você poderá sempre tentar a atividade uns minutos mais tarde, ou em outro dia, ou até mesmo em outra semana. Tente descobrir porque ela não quer brincar da sua atividade, e então adapte a atividade de forma a torná-la mais convidativa.

04. Desapego :: Por último, mas não menos relevante, é importante manter-se desapegado do resultado. Mesmo que você leve muito tempo para preparar uma determinada atividade, a sua criança pode decidir não brincar daquilo. Lembre-se que a meta não é assegurar de que a criança vá brincar de cada atividade que você introduzir, mas sim dar a ela a oportunidade de brincar de atividades novas e diferentes com você. Se sua criança brincar de apenas uma das cinco atividades que você trouxer, pense então desta forma - ela concordou em brincar de uma nova atividade da qual nunca havia brincado!
Tenha em mente que as atividades são ferramentas que você pode utilizar para promover interação e estimular o desenvolvimento de habilidades sociais de sua criança. Se você já tentou várias vezes introduzir, adaptar a sua atividade, mas ainda assim a criança não quer brincar dela, esteja disposto a pô-la de lado. Reconheça que seguir o interesse da criança (seja juntando-se a uma atividade de isolamento e repetição ou brincando de outra coisa que a interesse), acabará provavelmente facilitando um maior interesse em interações. Sem um interesse em interação, sua criança não estará disponível para brincar de nenhuma atividade com você - portanto não se esqueça da importância de seguir o interessa da criança.
Finalmente, não permita que o seu apego a atividade o cegue em relação aos acontecimentos que estão se desvelando. Em alguns momentos, estamos tão concentrados em seguir os nossos planos até a conclusão, que não vemos aquilo pelo qual estamos trabalhando tão duramente para alcançar - já estamos alcançando!

Brincar para Crescer - Estágio 01

Atividade 01 - Massagem

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Massagens
Material :: Creme para massagem, acessórios para massagem

Como Brincar
Traga creme sem fragrância para massagens e ofereça massagear as mãos e os pés da sua criança com o creme. Você também pode trazer diferentes acessórios para massagem, tais como uma escova macia ou uma toalhinha. Massageie as mãos, pés, braços e pernas da sua criança, aplicando a pressão que ela gostar. Depois peça a ela para olhar para você na próxima massagem.

Dica
É importante fazer uma massagem na sua criança somente se ela lhe permitir, e parar se você perceber qualquer sinal de que ela não quer. Além disso, temos notado que a maioria das crianças gosta de uma pressão de forte intensidade, e frequentemente gostam de fortes apertos na cabeça. Você pode fazer isto colocando uma mão na testa da sua criança e a outra mão na nuca, e assim cuidadosamente dar-lhe um aperto forte.


Atividade 02 - Rodar

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Rodar
Material :: Toalha fina

Como Brincar
Traga uma toalha e peça à sua criança para se deitar de costas sobre ela (se tiver um tapete no quarto, dobre-o antes). Segure uma ponta da toalha e faça sua criança rodar em círculos várias vezes. Depois peça a ela para olhar em seus olhos para o próximo giro.

Variação
Você pode fazer crianças menores rodarem, segurando-as de cabeça para baixo, ou a cavalinho nas suas costas.


Atividade 03 - Cair !

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Pular
Material :: Mesa ou cadeira, pilha de travesseiros e pufe grande

Como Brincar
Ofereça levantar sua criança e coloque-a sobre uma mesa ou cadeira no quarto. Faça uma pilha de travesseiros ou coloque um pufe grande no chão que sirva como uma área macia de aterrissagem. Levante sua criança no ar e deixe-a cair sobre a área macia. Depois peça que ela olhe para você para o próximo pulo.


Atividade 04 - Cobra de corda

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Cócegas, estímulo visual
Material :: Corda de pular

Como Brincar
Fique em um canto do quarto e peça à sua criança para se sentar no canto oposto (dê um travesseiro para ela se sentar, para ajudá-la a manter a concentração). Pegue a corda de pular e mexa-se no chão como se fosse uma cobra. Mexa a cobra enquanto você se aproxima da criança, até que a cobra faça cócegas nela por toda a parte. Volte entãoao seu canto no quarto e peça à criança para olhar para você, para então você começar a mexer a cobra novamente.

Variação
Para um contato visual mais prolongado, peça a criança para olhar para você enquanto você se move na direção dela coma cobra. Cada vez que ele parar de olhar, faça a cobra virar estátua. Quando ela olhar novamente, faça a cobra voltar à vida e mexa-a aproximando-se ainda mais dela!


Atividade 05 - Brincar de cantar

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Músicas
Materiais :: 05 a 06 imagens que representam as músicas favoritas de sua criança

Como Brincar
Junte 05 a 06 imagens que representam as músicas favoritas de sua criança (por exemplo, uma aranha para "A Dona Aranha"). Cole as imagens à vista pelo quarto, mas fora do alcance dela. Aponte para cada imagem e cante a música correspondente para sua criança. Após ter demostrado para ela qual música cada imagem representa, peça-lhe para olhar para você para assim começar a próxima música.


Atividade 06 - Diversão com animais

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Animais, grandes movimentos corporais
Materiais :: 03 a 05 imagens de animais, fita adesiva

Como Brincar
Cole na parede uma fileira com 03 a 05 imagens diferentes de animais. Aponte para cada animal, um após o outro, e imite o animal para sua criança. Por exemplo, aponte para uma imagem de peixe, faça uma cara de peixe e finja nadar pelo quarto. Após ter imitado todos os animais, peça a sua criança para olhar para você antes de imitar o seguinte animal.


Atividade 07 - Diversão com pintura facial!

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Pintura para o rosto, cores, estímulo visual
Materiais :: Pintura facial

Como Brincar
Coloque alguns potes de pintura facial na prateleira. Pegue um deles, faça um ponto em algum lugar do seu rosto (sua bochecha, testa ou queixo) e coloque-o de volta na prateleira. Peça então à sua criança para olhar para você, para assim você fazer um ponto no mesmo lugar no rosto dela. Continue a atividade até que ambos estejam cobertos de pontos.

Variação
Se sua criança motiva-se mais por letras, números ou formas, você pode desenhar estas coisas no lugar de pontos. Se ele não quiser que você desenhe no rosto dela, você pode pedir a ela para olhar para você, para então você pintar outro desenho no seu próprio rosto.

Dica
Use pintura facial hipoalergênica e lenços umedecidos para removê-la com facilidade. Coloque a pintura facial de volta na prateleira entre um uso e outro, para evitar que a criança se distraia com os potes.


Atividade 08 - Brisa de cobertor

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavras
Motivação :: Estímulo visual
Materiais :: Vários cobertores e lenços coloridos

Como Brincar
Peça à sua criança para deitar no chão. Abane um cobertor pequeno ou um lenço sobre o rosto e o corpo dela, para estimulá-la visualmente e também para dar-lhe uma brisa fresca. Então, peça a ela para dizer parte da palavra "cobertor", ou a palavra inteira, para ganhar a próxima brisa.


Atividade 09 - Piloto de corrida

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavra
Motivação :: Corridas
Materiais :: Toalha fina (se sua criança encontrar muita motivação em girar, visite a sua loja de brinquedos. Você pode comprar um prato grande de plástico no qual ela possa sentar enquanto você a faz girar)

Como Brincar
Pegue uma caixa suficiente grande para sua criança se sentar dentro e desenhe rodas nas laterais. Puxe ou empurre a criança pelo quarto dentro da caixa. Faça várias corridas no seu "carro caixa", e então peça a ela para dizer parte da palavra "corrida", ou a palavra inteira, para ganhar a próxima corrida. A palavra também pode ser "correr" ou "passear".

Variação
Ao fim de cada corrida você pode pedir à sua criança para escolher um novo animal de pelúcia para juntar-se a ela na próxima corrida. Se sua criança sentir-se especialmente motivada por palhaçadas/humor físico, faça corrida bem turbulenta. Em cada curva fechada, deixe-a cair para fora do carror e veja se ela consegue subir de novo.

Dica
Para tornar a corrida mais fácil utilize uma caixa com alças ou faça um furo e amarre uma corda para puxá-la.


Atividade 10 - Animais instantâneos

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavra
Motivação :: Animais, antecipação, grandes movimentos corporais
Materiais :: 03 a 05 máscaras de animal e ou fantasias de animal

Como Brincar
Faça ou compre 03 a 05 máscaras de animais ou fantasias (orelhas, narizes, caudas). Ponha cada máscara, fantasia e finja agir como o animal escolhido (pule pelo quarto e coce suas axilas como um macaco, ou engatinhe e faça miau como um gato). Peça então à sua criança para dizer parte da palavra "animal", ou a palavra inteira, para assim você imitar o animal seguinte. Se sua criança sentir-se particularmente motivada por um animal específico solicite que ela diga o nome daquele animal, para então ver você o imitado.

Dica
Ponha as máscaras, fantasias de volta na prateleira entre um uso e outro, assim os materiais não distrairão a criança.



Brincar para Crescer - Estágio 02

Atividade 28 - O palhaço malabarista

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: As motivações específicas de sua criança
Material :: Papel colorido, canetinhas, tesoura, fita adesiva, bola

Como Brincar
Recorte uma forma de palhaço e seis formas de bolas utilizando papel colorido. No verso de cada bola, escreva uma atividade que poderia ser motivadora para sua criança, como "girar em círculos até cair no chão" ou "fazer uma careta engraçada no espelho". Cole o palhaço com fita em uma parede do quarto de brincar e as bolas nas outras paredes. peça à criança que olhe em seus olhos para que você tire uma bola da parede e leia as instruções. Brinquem da atividade divertida juntos e cole então cada bola em volta do palhaço na parede. Continue até o palhaço ter todas as bolas! Uma vez que ele as tiver, você pode até fingir ser um palhaço e fazer um trueque com bolas, como jogar uma bola para cima e bater palmas duas vezes antes de pegá-la.


Atividade 29 - Bonecas Divertidas

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Bonecas fazendo coisas engraçadas
Material :: 5 bonecas, sacolas

Como Brincar
Monte uma pequena "loja" na prateleira, com 5 bonecas à venda. Explique para sua criança que as bonecas não custam dinheiro, mas que custam "dinheiro de olhar nos olhos". Por exemplo, uma boneca pequena pode custar um olhar de 3 segundos, sendo que uma boneca grande pode custar um olhar de 4 segundos. Pergunte a ela qual boneca gostaria de comprar. Então peça-lhe para olhar nos seus olhos pelo tempo combinado, de forma a receber a compra. Quando você tirar a boneca da prateleira, faça a boneca fazer algo engraçado, como pular no ar ou dançar de maneira engraçada. Ponha a bonoeca em uma sacola e de para sua criança. Continue até ela ter "comprado" todas as bonecas.


Atividade 30 - Vamos fazer música!

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Música, cantar
Material :: Instrumentos musicais, sacola

Como Brincar
Encha uma sacola com diferentes instrumentos musicais e coloque-a na prateleira. Tire o primeiro instrumento e toque-o (você também pode cantar enquanto toca). Peça então à criança para olhar para você a fim de você começar a tocar o próximo instrumento ou cantar o próximo verso.

Variação
Para um contato visual mais prolongado, peça à sua criança para olhar para você pela duração da música inteira. Se ela desviar o olhar, pare de tocar, cantar. Você pode recomeçar quando ela voltar a olhar para você.

Dica
É especialmente útil primeiro modelar esta atividade para a criança com outro membro da sua família, sua equipe, assim a criança poderá ver como funciona.



Atividade 31 - A atividade de escutar

Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Adivinhação, sons engraçados, antecipação
Materiais :: Gravador, fita virgem

Como Brincar
Grave 05 a 10 sons diferentes do exterior e arredores da casa (por exemplo, passos, cachorros latindo, barulho de carros, água correndo, alguém espirrando, etc.). Ponha o gravador na prateleira. Toque os sons gravados, um de cada vez, e peça à sua criança para identidicá-los. Peça que ela responda em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu ouço carros"), antes de tocar o próximo som.



Atividade 32 - De quem é essa voz?

Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Adivinhação, músicas favoritas,, frases emgraçadas
Materiais :: Gravador, fita virgem

Como Brincar
Grave 05 a 10 membros da família ou da equipe dizendo a mesma frase engraçada ou cantando a música favorita de sua criança. Ponha o gravador sobre a prateleira. Toque as gravações para a criança e peça-lhe para adivinhar de quem é a voz que ela ouvir. Solicite que ela responda em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu ouço papai"), antes de tocar a voz seguinte.



Atividade 33 - A caixa do sentir

Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Mistério, antecipação
Materiais :: Caixa de papelão, tamanho médio e 05 a 10 objetos diferentes para sentir

Como Brincar
Pegue uma caixa de papelão média e faça um furo na parte superior (grande o suficiente para a criança colocar a mão, mas não tão grande que ela possa ver o que tem dentro). Coloque um objeto dentro para sua criança sentir (por exemplo, uma colher ou xícara). Convide a criança a colocar a mão através do furo para sentir o objeto. Peça-lhe então para identificar o que tem dentro e dizer a você o que adivinha ser, em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu sinto uma colher," ou "É uma colher"). Uma vez que ela adivinhar, coloque o próximo objeto dentro da caixa. Continue até ela ter identificado todos os objetos.

Variação
Se sua criança se sentir motivada por números ou letras, você pode colocar grandes letras ou números plásticos na sacola, caixa e pedir que ela adivinhe qual ela sente através do tato.



Brincar para Crescer - Estágio 03

Atividade 50 - Diga-me o que você vê

Objetivo :: Falar em frases de 4 a 5 palavras
Motivação :: Imagens interessantes, antecipação
Material :: 10 imagens, marcador de tempo, cronômetro

Como Brincar
Escolha 10 imagens de revistas ou da internet que sejam atraentes para sua criança (engraçadas, pouco comuns ou fotos de coisas que ela goste). Coloque-as na prateleira junto com o marcador de tempo, cronômetro. Usando o marcador de tempo ou cronômetro, de um minuto a ela para olhar e listas as coisas diferentes que vê, em tantas frases de 4 a 5 palavras quantas forem possíveis (por exemplo, "Eu vejo uma mulher rindo", "Eu vejo um vestido azul". Conte o número de frases de 4 a 5 palavras que ela conseguir inventar, antes do tempo acabar. Quando o minuto terminar, mostre-lhe a próxima imagem. Continue até ela ter visto todas as imagens.

Websites recomendados
http://www.fotosearch.com/
http://www.funnypictureslady.com/
http://www.acclaimimages.com/


Atividade 51 - Loja de Brinquedos

Objetivo :: Falar em frase de 4 a 5 palavras
Motivação :: Brinquedos, dinheiro de brinquedo
Material :: 5 a 10 brinquedos, mesa, fita adesiva, sacola, dinheiro de brinquedo, carteira e caixa registradora de brinquedo

Como Brincar
Monte uma pequena "loja" utilizando uma mesa e uma caixa registradora de brinquedo. De a sua criança uma carteira cheia de dinheiro de brinquedo e uma sacola de compras. Escolha alguns dos brinquedos favoritos dela (ou compre vários brinquedos novos, simples e baratos) e coloque-os na prateleira. Aternativamente, cole (com fita adesiva) na parede atrás de você imagens de personagens favoritos da criança. Certifique-se de que os brinquedos/ imagens estejam à vista dela, mas fora do seu alcance. Peça à sua criança para lhe dizer, em uma frase de 4 a 5 palavras, qual brinquedo ela gostaria de comprar (por exemplo, "Eu quero o ursinho azul"). Uma vez que ela tiver falado a frase, você pode continuar com a "venda" e entregar-lhe o brinquedo. Continue até ela ter comprado todos os brinquedos.


Atividade 52 - Salão do cabelo engraçado

Objetivo :: Falar em frases de 4 a 5 palavras
Motivação :: Palhaçadas/ humor físico, controle, estilos de cabelo
Material :: Acessórios de cabelo

Como Brincar
Monte um "salão de cabeleireiro" com um pente/ escova, e muitos tipos diferentes de grampos, fivelas, elásticos e faixas. Cole os acessórios de cabelo com fita adesiva na parede, de forma que sua criançaos veja, mas não possa alcançá-los. Peça a ela para lhe dizer o que quer, com uma frase de 4 a 5 palavras (por exemplo, "Eu quero o grampo azul"). Use então o acessório para pentear e prender o cabelo dela de forma engraçadas. Quando tiver acabado, olhe no espelho e tire uma foto!

Dica
Se sua criança não quiser que você penteie o cabelo dela, elaa pode usar uma frase de 4 a 5 palavras para lhe dizer o que fazer no seu próprio cabelo (por exemplo, "Coloque a fita rosa no cabelo").

Brincar para Crescer - Estágio 04

Atividade 90 - Quando, onde, quem?

Objetivo :: Fazer-se entender, usando referências de contexto ao contar uma história
Motivação :: Ouvir uma história engraçada, antecipação
Material :: Cartolina, 3 envelopes, 15 cartões em branco, caneta, fita adesiva

Como Brincar
Desenhe três colunas em uma cartolina e rotule a primeira coluna com "Quando", a seguinte com "Onde" e a última "Quem". Rotule 3 envelopes da mesma forma (um rotulado com "Quando", um rotulado com "Onde" e um rotulado com "Quem"). Pegue 5 cartões para cada envelope, escreva uma frase em cada cartão que se relacione com sua categoria e coloque cada cartão no correspondente envelope. Por exemplo, os cartões com expressões como, "hoje", "ontem", "no meu aniversário" e "quando eu era um bebê" são colocados no envelope "Quando". Pendure a cartolina na parede e peça à sua criança para tirar um cartão de cada envelope. Cole o cartão na correspodente coluna na cartolina. Use os cartões para criar um contexto de uma história engraçada, que você vai contar à sua criança. Por exemplo, se a sua criança tirar os cartões "quando eu era um bebê", "na praia" e "a vovó e o vovô", então pode lhe contar a seguinte história: "Uma vez quando eu era um bebe e estava na praia com a vovó e o vovô, eles decidiram me levar para um passeio nas costas de um golfiho. Então, chamaram o golfinho até a beira da praia e pulamos nele..." . Continue até você ter usado todos os cartões para contar à sua criança histórias divertidas.

Variação
Vocês podem se revezar pegando os cartões. Peça que sua criança utilize os cartões que você escolheu para contar a história.


Atividade 91 - Quando, onde, quem? (Avançado)

Objetivo :: Fazer-se entender, usando referências de contexto ao contar uma história
Motivação :: Ouvir uma história engraçada, antecipação
Material :: Cartolina, caneta, fita adesiva

Como Brincar
Esta atividade é igual à anterior, mas ao invés de utilizar cartões que correspondam a "quando", "onde" e "quem", simplismente peça à sua criança para lhe dar um exemplo de cada um. Escreva as frases na cartolina, nas colunas apropriadas, e conte uma história engraçada.

Variação
Revezem-se inventando as frases, e contando histórias engraçadas.


Atividade 92 - Manhã e Noite

Objetivo :: Responder/ fazer perguntas, fazer relatos sobre acontecimentos passados e futuros
Motivação :: Atuar histórias de forma engraçada, completar um gráfico
Material :: Cartolina, caixa de papelão, canetinhas, papel, fita adesiva

Como Brincar
Faça um gráfico com uma imagem do sol na parte superior, e uma imagem da lua embaixo. Desenhe 3 quadradinhos em branco ao lado de cada desenho e cole o gráfico com fita adesiva na parede, à vista da sua criança. Pegue uma caixa de papelão e faça um sol em três lados (indicando a manhã), e nos outros três lados faça uma lua (indicando a noite). Peça à sua criança para jogar a caixa para cima e veja em qual lado cai. Se a caixa cair na "manhã", pergunte a ela: "O que você faz de manhã?". Peça que sua criança pense e atue esta atividade matutina (como escovar os dentes), enquanto você tenta adivinhar que atividade ela está representando. Se a caixa cair na "noite", então lhe pergunte: "O que você faz a noite?". Após você ter adivinhado a atividade que ela atuar, preencha o gráfico. Se sua criança atuou uma atividade matutina, desenhe um sol em um dos quadrados ao lado do sol. Se ela atuou uma atividade noturna, desenhe uma lua em um dos quadrados ao lado da lua. Revezem-se atuando e adivinhando até o gráfico estar completo.

Pesquisas

Estudo identifica gene com papel-chave em risco de autismo

Pesquisadores dizem que 'conserto' em variante de gene pode cortar casos em 15%.

Da BBC

Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na revista científica "Nature" apresentou as provas mais convincentes encontradas até hoje de que os genes têm um papel fundamental no desenvolvimento do autismo. Cientistas da Universidade da Pensilvânia detectaram pequenas mudanças genéticas que parecem ter um forte impacto na probabilidade de um indivíduo desenvolver o autismo e outras doenças relacionadas, como a síndrome de Asperger.

As mudanças influenciam genes que ajudam a formar e manter conexões entre as células do cérebro. O estudo destacou em particular uma variante genética comum, que, se "consertada", poderia diminuir os casos de autismo em 15%. Pesquisas anteriores já relacionaram outras variantes genéticas ao autismo, mas todas elas são relativamente raras.


Proteínas

Para o atual estudo, os pesquisadores analisaram mais de 10 mil pessoas, buscando no genoma humano as pequenas diferenças entre as pessoas que sofrem de autismo e aquelas que não apresentam o problema.

Eles encontraram muitas variantes genéticas normalmente associadas ao autismo - todas elas apontavam para genes específicos do cromossomo 5, que controla a produção de proteínas que ajudam as células a se manterem juntas e a realizar as conexões nervosas.

Uma variante, entretanto, ligada a um gene chamado CDH10, está presente em mais de 65% dos casos de autismo, e os pesquisadores calcularam que solucionando esta mudança seria possível cortar o número de casos em 15%.


Segundo os cientistas, o autismo também está relacionado, com menos intensidade, a um grupo de cerca de 30 genes que produzem proteínas que ajudam as células cerebrais a migrar para os lugares certos e a se conectarem às células vizinhas. Outras mudanças genéticas notadas pelos pesquisadores ocorrem em genes envolvidos em um sistema de "reciclagem" celular que provavelmente assegura que essas proteínas atuem em perfeita ordem.


Complexo

Hakon Hakonarson, chefe da equipe de pesquisadores, reconheceu que a genética por trás do autismo é complexa. "Outros pesquisadores da doença já sugeriram que ela ocorre por causa das conexões anormais entre as células cerebrais durante o desenvolvimento da criança ainda nos primeiros estágios da vida. Por isso, nos sentimos obrigados a encontrar provas de que mutações em genes envolvidos nas conexões cerebrais aumentam o risco de uma criança desenvolver o autismo", afirmou.

"Mas provavelmente cada gene contribui um pouco para o risco, e cada um interage com outros genes e com fatores externos para desencadear a doença."

Segundo Simon Baron-Cohen, especialista em autismo da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, até hoje já foram identificados 133 genes que podem estar ligados à doença. Mas, para ele, ainda são necessários novos estudos para se descobrir como eles interagem entre si e com o ambiente externo. "O quebra-cabeças está sendo montado pouco a pouco, e a ciência do autismo está acelerando de maneira promissora", afirmou. O autismo e as doenças relacionadas afetam a interação social, a capacidade de comunicação e o comportamento.


Fonte www://g1.com.br

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Estudos genéticos relacionam proteína e conexão entre os neurônios.
Análises em autistas comprovaram menor presença da proteína.

Luis Fernando Correia Especial para o G1


Através de uma rede cooperativa, que envolve mais de 75 centros de pesquisa, estudos genéticos conseguiram correlacionar os níveis de uma proteína e a conexão entre os neurônios.

A proteína Semaforina 5A já havia sido implicada no crescimento dos neurônios e a formação das conexões entre as células cerebrais. Comparando indivíduos portadores de autismo e controles sem a doença os níveis dessa proteína eram mais baixos nos autistas.

As análises do tecido cerebral de portadores de autismo, feitas em um estudo paralelo comprovaram a menor presença dessa proteína nos portadores da doença.

Esses estudos, segundo o pesquisador Andy Shih, podem reforçar o conceito de que um déficit de integração entre os neurônios esteja envolvido na neuropatologia dessa complicada doença.

A partir da comprovação desses achados e da função da proteína semaforina e suas variantes, os pesquisadores acreditam que um possível alvo para futuros tratamentos medicamentosos pode ter sido identificado.

Através de um programa chamado de Autism Genetic Resource Exchange, material genético de pessoas de famílias com pelo menos dois indivíduos com diagnóstico de autismo se torna disponível aos pesquisadores.

As pesquisas de comparação genética são chamadas de Genome Wide Association Studies e buscam comparar o genoma humano e suas variações com a presença de doenças.

Esses estudos para serem realizados, precisam envolver grandes grupos populacionais com as mesmas características e também grupos controle para que os paralelos possam ser traçados.

Para que esses materiais possam estar disponíveis, a participação das famílias de pacientes é fundamental.

Fonte http://g1.globo.com/

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Pesquisadores identificam gene ligado ao autismo

Estudos que envolveram cientistas de 30 instituições de pesquisa nos Estados Unidos acabam de dar uma importante contribuição ao conhecimento sobre o autismo, desordem que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos, ao identificar fatores genéticos que afetam o risco de manifestação do problema. Segundo as pesquisas, tais variantes genéticas são comuns em pessoas com autismo. Essa é a primeira vez em que se identificou uma relação direta entre o código genético humano e a desordem.

O principal estudo, que envolveu mais de 10 mil pessoas, incluindo portadores da desordem, familiares e outros voluntários, em diversos estados do país, foi coordenado por Hakon Hakonarson, professor da Universidade da Pensilvânia e diretor do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.

Os resultados estão em artigo publicado nesta terça-feira (28/4) no site da revista Nature e destacam a importância de genes que estão envolvidos na formação e manutenção de conexões entre células cerebrais. O estudo se baseou em polimorfismos de nucleotídeos únicos, responsáveis pela maior parte das variações genômicas na sequência do DNA. Entre as variantes genéticas identificadas, está uma que se mostrou altamente comum em crianças autistas.

Em seguida, ao analisar a atividade do gene - chamado de CDH10 - no cérebro em fetos, descobriram que ele tinha maior atividade justamente nas regiões ligadas à linguagem e aos relacionamentos sociais. O trabalho indica que o CDH10 tem papel fundamental no desenvolvimento cerebral e pode contribuir para o risco de autismo.

Enquanto essa variante genética é comum na população em geral, descobrimos que ela ocorre cerca de 20% mais frequentemente em crianças com autismo. Uma mudança importante como essa no código genético é muito mais do que uma simples mutação.

Trata-se de um fator de risco para a origem da doença", disse Daniel Geschwind, diretor do Centro para Tratamento e Pesquisa em Autismo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), um dos autores da pesquisa principal. O grupo da UCLA analisou o DNA de 3,1 mil crianças com autismo em 780 famílias - cada família tinha pelo menos duas crianças com o problema. O processo relacionou a desordem com uma região específica do cromossomo 5.

Uma nova análise, dessa vez com 1,2 mil portadores e 6,5 mil pessoas no grupo controle, foi feita pela equipe de Hakonarson. Os pesquisadores avaliaram a relação entre mais de meio milhão de variantes genéticas com o autismo e identificaram seis alterações que ocorriam mais frequentemente em crianças autistas do que nos indivíduos saudáveis. As variações estavam no cromossomo 5 entre os genes CDH9 e CDH10.

Na sequência do estudo, o grupo na UCLA verificou a presença dos dois genes no cérebro humano em desenvolvimento. Enquanto a presença do CDH9 foi pequena, o CDH10 se mostrou especialmente presente e ativo no córtex frontal, região crítica para a linguagem, comportamento social e raciocínios complexos como os envolvidos no processo de julgamento.

"Trata-se de uma descoberta marcante. Não é coincidência que um gene ligado ao autismo apareça em alta concentração em regiões do cérebro que regulam a fala e a interpretação social. Nossa pesquisa sugere que o CDH10 é acionado em um estágio muito inicial e tem um papel importante no desenvolvimento do cérebro. Sua atividade pré-natal torna o indivíduo mais suscetível ao autismo", disse Geschwind.

A descoberta dos genes reforça estudos recentes que apontaram que crianças com transtornos do espectro autista (como o próprio autismo ou a síndrome de Asperger) podem ter conectividade reduzida entre neurônios e com pesquisas que verificaram desenvolvimento anormal nos lobos frontais do cérebro em pacientes com autismo.


"Nossos resultados, quando somados com estudos anatômicos e de imagens de ressonância magnética funcional, sugerem que os transtornos do espectro autista possam ser um problema de desconexão neural", disse Hakonarson.

Fonte http://www.abril.com.br

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Cientistas encontram varição genética que influi no autismo


Londres, 28 abr (EFE) - Um grupo de cientistas descobriu a primeira evidência clara de que uma variação genética comum tem influência no desenvolvimento do autismo, segundo uma pesquisa cujos resultados foram publicados na edição semanal online da revista Nature. A pesquisa se centra nos polimorfismos de um só nucleotídeo ou SNP (em inglês), que são uma variação muito frequente na sequência de DNA que afeta uma só base - adenina, timina, citosina ou guanina- de uma cadeia do genoma.

Os SNP formam até 90% de todas as variações genômicas humanas na sequência do DNA e determinam a resposta dos indivíduos a doenças, bactérias, vírus e medicamentos. Até agora, os cientistas achavam que não havia relação com os transtornos do espectro autista (TEA), o grupo de incapacidades do desenvolvimento provocadas por uma anomalia no cérebro.

No entanto, os professores Hakon Hakonarson, do Hospital Infantil da Filadélfia (EUA), e Gérard Schellenberg, da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, respondem a esta crença. Até agora, a associação genética com os TEA era difícil de ser descoberta devido à complexidade dos sintomas clínicos e pela própria arquitetura genética, mas os trabalhos realizados por Hakonarson e Schellenberg resolveram este problema.

Em uma das pesquisas foram identificados seis SNPs junto a dois genes codificadores de proteínas, o que significa que as moléculas que aderem às células neuronais têm um papel no desenvolvimento dos diferentes tipos de autismo. No segundo estudo, foram encontradas duas trajetórias ou percursos genéticos no sistema nervoso que contribuem de maneira significativa à suscetibilidade genética a apresentar TEA.

Os genes encontrados em uma das trajetórias eram os responsáveis por uma degradação proteica - um processo que tem a ver com vários transtornos genéticos - e as descobertas em regiões associadas com a aderência neuronal tinham uma estreita relação com o desenvolvimento do autismo.

Em entrevista coletiva, Schellenberg destacou que a pesquisa abre caminho para descobrir eventuais remédios que possam combater o problema.

Fonte http://g1.globo.com/

CEMA- Rio :: Rede Pública

Autistas ganham centro de tratamento na rede pública do Rio
Serviço pioneiro oferece atendimento com profissionais de várias áreas.

Mães de autistas relatam experiências e elogiam projeto.

Carolina Lauriano Do G1, no Rio
Em 07 de outubro de 2009





Fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, médico, professor de educação física e terapeuta educacional são alguns dos profissionais que estarão a serviço de portadores de autismo, a partir desta quarta (7), com a inauguração do Centro de Atenção à Pessoa com Autismo (Cema-Rio).


O autista não é doente e pode ser reabilitado. Essa é a concepção do projeto, uma ação da Secretaria municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), com o apoio da associação filantrópica Rio Inclui. Segundo os organizadores, o serviço é um dos pioneiros no país.

"A gente está vendo o autista como deficiente, não como um doente. Ele pode ser desenvolvido por completo e ser incluindo cada vez mais na sociedade", afirmou o secretário Márcio Pacheco.

Segundo a médica responsável pelo Cema-Rio, Eliana Silva, no Brasil ainda não se tem dados sobre a incidência da síndrome, já que são diversos tipos de autismo: "Levando em conta as estatísticas recentes, que demonstram que a incidência de autismo é de um em cada 150 nascimentos, a estimativa é de que na cidade do Rio haja três mil pessoas autistas, entre crianças, jovens e adultos", arrisca ela.

A médica explica que o autismo às vezes é confundido com deficiência mental, mas o diagnóstico é clínico.

"Essa estrutura de atendimento você só encontra na rede privada. A idéia é que a criança venha três vezes na semana, durante meio período", explicou Eliana.


‘Só quando ele tinha 17 anos soube que era autismo’

A artista plástica Nives Porto Correa é mãe do Diego, que tem 28 anos e é autista. Ela largou o trabalho de lado e hoje é coordena a APABB (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade).

Nives acredita que atualmente há mais acesso à informação e mais estudos sobre a síndrome, o que facilita a vida dos pais: "Só quando o Diego tinha 17 anos que eu fui saber que era autismo. O austismo é um ponto de interrogação. De 2005 para cá, o número de pesquisa vem aumentando", disse. "Tomara que esse centro seja um exemplo pra outros municípios no Brasil", completou ela, se referindo ao Cema-Rio.

Nives conta que aos dois anos o filho começou a demonstrar dificuldade de fala, de socialização e muita resitência a dor: "Isso é porque eles não conseguem se expressar", explica.


Diego passou por cinco escolas regulares. "Chegava na escolinha e uma criança falava 'mãe, olha meu colega maluco'", disse Nives. Cansada, ela decidiu matricular o filho em uma escola especial e hoje ele faz oficinas de teatro.

"Até hoje quem faz a barba do Diego sou eu ou meu marido", diz ela. "Abri mão de muita coisa para vestir a camisa. Fico orgulhosa de ter me voltado para ele. A parte pedagoga não foi possível, infelizmente. Mas ele vive me surpreendendo", elogia a mãe.

Autismo pode ser tratado com dieta

A bióloga Eloah Antunes começou a pesquisar sobre o assunto quando o seu filho, Luan, hoje com sete anos, apresentou os sintomas da síndrome. Graças aos estudos feitos nos Estados Unidos, decobriu que o tratamento poderia ser feito por meio da alimentação. A avó de Luan, a psicopedagoga Juceli Antunes, abraçou a causa e hoje é presidente da Associação em Defesa do Autista (Adefa).

“O autismo não está no cérebro, ele é uma enfermidade multifatorial, que atinge o sistema gástrico. A ingestão de proteínas de glúten encontradas no trigo, na cevada, na aveia, e também de caseína, que é a proteína do leite, afeta a função do cérebro normal. O tratamento consiste na dieta, na terapia comportamental e na reposição de nutrientes”, explicou Juceli.

Para a médica da SMDP, essa linha não funciona para todas as crianças autistas: "Cada criança necessita de um tipo de tratamento. Mas entendemos que muitos vão se beneficiar da dieta. O importante é ter um numero grande de opções. Não existe um tratamento modelo".

A avó de Luan conta que hoje o neto obedece a ordens e se sociabiliza com outras crianças: “Foi uma tarefa difícil, porque ninguém achava o problema. Ele não falava, ficava sem dormir, gritava dia e noite, batia a cabeça na parede, se jogava no chão. Minha nora não dormiu durante 3 anos”, revelou Juceli.

Para ela, o tratamento à base da dieta sem açúcar, glúten e leite é a principal causa da melhora das crianças assistidas pela Adefa e pela escola.

“Não há uma regra geral. Ainda existe algum autista que pode comer um desses três vilões da alimentação. O estudo do autismo não vai chegar as um resultado final nunca”, disse Juceli, que também serviu como fonte de informação para a equipe do Cema-Rio.

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