Seguidores

Dani e JV

Minha foto
Danielle Davegna
35 anos, carioca e mãe do João Victor (11 anos e autista)
Ver meu perfil completo

Contadores

quinta-feira

Método Son-Rise - no YouTuBe



Abro este espaço para disponibilizar vídeos no youtube sobre o programa “Uma Solução para o Autismo”, ou melhor, dizendo “Son – Rise”.

De ante mão, não afirmo que seja o melhor programa para o autista, até por que sempre digo que o autismo não vem regrado e sim personalizado, assim como o seu método de desenvolvimento.

O que pode ser bom para mim pode não ser bom para você e vice-versa.


Os Fundadores


Introdução



Focando no contato visual


O Ambiente


Juntar-se a sua criança



Aplicando as Técnicas 1


Aplicando as Técnicas 2


Continuando a Aprendizagem




Método Son-Rise - Pesquisas Empíricas

Desde que o Autismo foi delineado pela primeira vez (Kanner, 1943), estabeleceu-se uma definição consensual de Autismo, e métodos padronizados de diagnóstico foram produzidos. Até o presente momento, no entanto, nenhuma etiologia clara foi estabelecida e os tratamentos propostos variam amplamente. As pesquisas têm descoberto o suficiente sobre a psicologia neurológica e cognitiva relacionada ao Autismo permitindo-nos delinear as implicações do tratamento para beneficiar aquelas famílias que agora buscam ajuda, as quais não querem esperar pela resposta final.

O Autism Treatment Center of America vem utilizando o Programa Son-Rise (SRP ), com famílias desde 1983 de forma a atender esta necessidade. O SRP foi desenvolvido por pais que experimentavam maneiras de chegar até seu filho que tinha o diagnóstico de autismo de grau severo (Kaufman, 1976). A ciência naquela época, não oferecia orientação alguma para facilitar o desenvolvimento social de crianças com Autismo. Desde que o seu filho saiu do Autismo após três anos de trabalho intensivo, os Kaufman têm oferecido o SPR a várias famílias internacionalmente.

Até o momento, ainda não se realizou nenhum teste longitudinal rigoroso quanto à eficácia do SRP embora se possa ver que os princípios-chave desta abordagem contam com o apoio da literatura de pesquisa atual.

Este artigo irá discutir alguns princípios-chave do SRP no contexto da pesquisa atual em Autismo para se criar uma plataforma para investigação quantitativa.


Clique aqui para fazer o download do documento inteiro.

Método Son-Rise - Download Modelo de Desenvolvimento

Método Son-Rise - Início do Programa

Ao começar algo novo, vivenciamos novos desafios, dúvidas, e até momentos de frustração. A Inspirados pelo Autismo busca auxiliar o início da sua maravilhosa viagem junto ao seu filho. Ao brincar com a criança com autismo de uma maneira em que a criança participe mentalmente, emocionalmente e fisicamente, um novo crescimento cerebral estará sendo solidificado. Abaixo encontram-se informações e links para ajudá-lo na sua jornada para uma perspectiva inspirada pelo autismo.

Todo crescimento neurológico é solidificado através de ações. Decidir adotar uma nova perspectiva é uma coisa, investir em ações físicas derivadas desta perspectiva é que a tornará uma realidade para você.


1. Passe 30 minutos por dia 1:1 (um a um) com sua criança.


  • Leve sua criança para o quarto mais calmo e silencioso de sua casa.
  • Faça o melhor para preparar o quarto de forma que não haja interrupções nesses 30 minutos.
  • Leve com você uma pequena caixa de brinquedos ou atividades.
  • Pouco a pouco aumente o tempo que você passa 1:1 com sua criança com acréscimos de 15 minutos.

2. “Junte-se” à criança.

Como uma maneira de entender e construir uma relação mais profunda com sua criança faça exatamente o que ela está fazendo. Concentre-se em se divertir nesse momento “no mundo dela” (Um aspecto marcante do Programa Son-Rise). Por exemplo:

  • Se sua criança estiver pulando numa bola, pule numa bola também.
  • Se sua criança estiver correndo de um lado para o outro, corra de um lado para o outro.
  • Se sua criança estiver recitando a cena de um filme ou livro, recite a mesma cena com ela.
  • Se sua criança estiver resolvendo problemas de matemática, faça os seus próprios problemasde matemática com ela.
  • Se ela estiver olhando fixamente para a parede, olhe para a parede com ela.
  • Faça o que ela estiver fazendo, exatamente da mesma forma.
  • À medida que você fizer o que ela estiver fazendo, concentre-se em realmente se divertir com a atividade.

3. Concentre-se no contato visual.

Quanto mais a criança olhar mais ela aprenderá. Quanto mais você se concentrar no contato visual com sua criança, mais esse contato aumentará – dando a oportunidade de sua criança aprender com você. O contato visual é de fundamental importância para todos os aprendizados futuros.
Por exemplo:

  • Celebre sua criança cada vez em que ela olhar para você. Você pode dizer, “Uau, eu adoro quando você olha para mim!” ou “O seu olhar é lindo!” ou “Obrigado por olhar para mim.” Não importa o que você diga, mas sim que você se sinta entusiasmado e agradecido pelo fato de sua criança ter escolhido olhar diretamente para os seus olhos.
  • Traga a atenção para a sua face e olhos. Torne o seu rosto interessante usando chapéus, óculos divertidos, adesivos e pinturas, etc.
  • Posicione-se em frente à criança, no nível dos olhos ou abaixo, tornando mais fácil para ela olhar para você. Quando oferecer brinquedos, alimentos ou algo para beber, posicione-os na altura dos seus próprios olhos.

Por acreditarmos na eficácia do Programa Son-Rise estamos oferecendo a você uma amostra de nossos princípios. Estes princípios podem ser aplicados imediatamente com sua criança especial. (Observação: Sugerimos que você escolha uma técnica que se aplique a sua criança e use-a consistentemente em cada oportunidade durante 2 a 4 dias.)



1ª Área de Desafio:


A criança tem verbalização limitada ou não fala.

Princípios para Orientação:

  • Se você ensinar que a linguagem é para comunicação (e não apenas sons para serem memorizados e repetidos), você mostra para a criança que existe um motivo para falar.
  • Se a linguagem é vista como útil e divertida, as crianças ficam motivadas para usá-la.

Aplicando os Princípios:

  • Responda rapidamente aos sons que sua criança emitir. Quando a criança emitir um som (mesmo que você não tenha certeza do que ela quer dizer), mova-se rapidamente e ofereça algo mesmo que você não saiba o que ela está pedindo. Demonstre que comunicações verbais fazem com que as pessoas se movam. Mostre a ela que a fala lhe trará poder.
  • Mostre que cada palavra falada resulta em uma ação. Ensine inicialmente verbos e substantivos associados a ações. Essas palavras são mais fáceis de responder e mostram o poder da linguagem. Ex: se você ensina a expressão colo, você pode carregar seu filho no colo cada vez que ele usar essa expressão. Em contraste, se você ensina a palavra mesa, não há ação específica resultante do uso dessa palavra. Exemplos de substantivos efetivos: bola ou bolha (de sabão).
  • Celebre cada tentativa de comunicação. Se sua criança tentar dizer uma palavra, vibre e celebre intensamente! Queremos que as crianças fiquem empolgadas ao tentar e tentar e tentar de novo. Para isto celebramos não apenas o sucesso, mas também qualquer esforço feito pela criança.

2ª Área de Desafio:


criança é incapaz ou não quer participar das atividades do cotidiano (ex: escovar os dentes, usar o banheiro, higiene pessoal, preparo das próprias refeições, vestir-se, etc.).

Princípios para Orientação:


  • Todas as pessoas (crianças e jovens adultos) se movem em direção ao que é divertido e prazeroso. Se estas atividades forem vistas como agradáveis, nossas crianças ficarão motivadas para participar delas ao invés de evitá-las .
  • As pessoas necessitam de um tempo para aprender – vale a pena investir tempo para ajudar sua criança a adquirir novas habilidades.
Aplicando os Princípios:

  • Faça/ensine essas atividades continuamente durante o dia. Ao invés de apenas fazê-las durante as horas mais ocupadas do dia (ex: quando tenta apressar as crianças para saírem de casa para que não percam o ônibus escolar), procure outras oportunidades para ensinar vagarosamente essas atividades.
  • Dê atenção e celebre todos os membros da família que participarem dessas atividades (ex: “Viva papai! Você vestiu o seu próprio casaco!”).
  • Tenha reações grandes e empolgadas para qualquer sinal de interesse ou disposição da criança nessa área (ex: quando a criança olhar para a escova de dente, quando ela vestir a camisa ao contrário, etc.).
  • Torne a atividade divertida! (O quê? Escovar os dentes de forma divertida? Sim! Escovar os dentes pode ser divertido!)
  • Seja flexível em relação ao tempo. Se sua criança se esquiva para não pentear o cabelo, ao invés de forçá-la ou pressioná-la, espere 10 minutos e tente de novo.

3ª Área de Desafio:


A criança exibe comportamentos ritualísticos e repetitivos de auto-estimulação.

Princípios para Orientação:

  • Crianças e adultos utilizam estes comportamentos para organizar a compreensão do ambiente em que estão inseridos e adquirir uma sensação de controle interno.
  • Estes comportamentos podem ter natureza curativa.
  • Estes rituais podem ser uma porta de entrada para a interação humana e relacionamentos sociais.
  • Estes comportamentos são confortantes para as crianças e têm um propósito mesmo quando não os compreendemos.
Aplicando os Princípios:

  • Ao invés de tentar parar um comportamento forçadamente, “junte-se” a este comportamento para ajudar a brincadeira solitária se tornar uma brincadeira a dois. Faça parte verdadeiramente dos “jogos” da criança antes de pedir a ela para fazer parte dos seus.
  • “Junte-se” às atividades de sua criança imitando exatamente o que ela faz (Ex: se sua criança está balançando as mãos, balance suas mãos com ela.). Posicione-se de forma que sua criança possa ver o que você está fazendo.

4ª Área de Desafio:


A criança possui um amplo vocabulário ou fala usando sentenças, mas não apresenta a habilidade de usar a linguagem eficientemente em situações sociais.

Princípios para Orientação:

  • Se ajudarmos uma criança a estabelecer confiança na comunicação social, ela tentará mais vezes.
  • As crianças são motivadas a usar as suas habilidades verbais com os outros quando a elas é mostrado o benefício trazido pela comunicação.
Aplicando os Princípios:

  • Recrie situações sociais em um ambiente livre de distrações inventando brincadeiras que simulem circunstâncias sociais conhecidas.
  • Ofereça frases/sentenças específicas que você quer que a criança aprenda, dentro de um contexto de uma atividade ou jogo estimulante. (Ex: ao invés de corrigir a criança ou “alimentá-la” com sentenças para repetir, crie um jogo chamado “supermercado” e mostre a ela como interagir com você enquanto você finge ser o caixa.)
  • Mostre-se entusiasmado para conversar sobre o tema de interesse de sua criança (Ex: Turma da Mônica, dinossauros, perguntas repetitivas como “A que horas é o jantar?”, etc.). Seja um modelo. Se quisermos que ela converse sobre as nossas áreas de interesse, primeiro temos que conversar sobre os interesses dela. Após termos prestado atenção nas áreas de interesse da criança, podemos então começar a conduzir gentilmente a conversa em direções diferentes.
  • Ao invés de corrigi-la continuamente ou mostrar a ela como o que ela está dizendo está fora de contexto ou já foi dito antes, celebre o fato de que ela está se comunicando com você. Deixe que ela saiba o quanto você adora ouvi-la falar e compartilhar.

5ª Área de Desafio:


A criança grita, chora, bate, joga objetos, etc.

Princípios para Orientação:

  • As crianças utilizam esses comportamentos porque eles funcionam. Se uma criança está gritando, é porque aprendeu que dessa forma ela consegue o que quer. Se este comportamento perder a utilidade ela não o usará mais.
  • Toda criança ou adulto está fazendo o melhor que pode. Seja qual for a razão, nesse momento eles não são capazes de encontrar uma outra forma de agir. Se pudessem, fariam.
  • Nossas reações desempenham um papel vital em encorajar ou diminuir a freqüência de cada um destes comportamentos.
Aplicando os Princípios:

  • Não demonstre reação. Mantenha sua expressão facial e sua voz em um tom neutro (ex: não grite, não franza as sobrancelhas, não faça careta, etc.). Sempre se movimente vagarosamente e com calma durante esse momento, pois assim você minimiza as suas reações, deixando de ser um possível apoio para esses comportamentos.
  • Ao invés de tentar ignorar esses comportamentos, explique com uma voz calma e amorosa que você não a entende quando se comunica com você dessa maneira. Mesmo que sua criança não saiba falar, sua explicação é útil tanto em conteúdo quanto em tom.
  • Evite dar a “recompensa” que ela quer. Se você oferecer o que ela quer quando grita, você a ensina que essa é uma forma efetiva de comunicação.
  • Cuide de si mesmo. Minimizar suas reações não significa que você tenha que permitir que sua criança bata em você. Tente colocar um travesseiro na sua frente e vagarosamente se movimente para outro lugar.
  • Ofereça uma alternativa. Se sua criança está puxando seu cabelo, ofereça a ela uma corda para puxar no lugar. Se estiver atirando blocos, ofereça então uma almofada ou um brinquedo mais fofo para que ela jogue.
  • Dê reações substanciais de celebração cada vez que sua criança for gentil ou pedir algo de uma maneira que você prefira.
  • Mova-se rapidamente quando ela pedir algo de forma gentil e clara, pois assim você mostra a ela o contraste entre esses tipos de comunicação.



(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship, site www.autismtreatmentcenter.org)


Clique aqui para fazer o download da página informativa com todas essas dicas e mais informações sobre como criar um ambiente de aprendizagem otimizado.