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Danielle Davegna
35 anos, carioca e mãe do João Victor (11 anos e autista)
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Células tronco x Autismo :: Experiência 01


Nome :: Mark Godzilla Yu
Idade :: 06

País :: Estados Unidos

Diagnóstico: Autismo



Razão para fazer o tratamento :: Marcos foi diagnosticado com autismo em 2004. Ele era uma criança saudável até cerca de 18 meses de idade. 12 horas depois de ter recebido uma vacina MMR, ele parou de comer, de se comunicar e manter contato visual. A esperança da família de Mark são melhorias em sua comunicação verbal.



Tratamento: (26 de Junho de 2007) 5 injeções de células tronco. (24 de Julho de 2007) 3 injeções lombares, 3 IDV's. Ambas incluiram fisioterapia.



Início do tratamento :: 26 de Junho de 2007

Antes do tratamento: Mark demonstrava anomalias mentais e cognitivas, especificamente atraso na fala e interação social, manifestado em hiperatividade ou desobediência. Seu estado de desenvolvimento mental era comparável com a de uma criança de 3 ou 4 anos de idade.
Veja o vídeo (em inglês): Entrevista Pré-Tratamento (26 de Junho de 2007); Processo Cognitivo (28 de Junho de 2007)

Depois do tratamento: (5 de Julho de 2007) Depois de dez dias, Mark apresentou melhora comportamental. Ele conseguia se sentar com calma e se engajar sem demora em conversas simples. Sua capacidade de comunicação também aumentou e agora ele fala com mais freqüência e de forma coerente. Mark parece mais confortável na frente da câmera, na entrevista pós-tratamento, o que é um sinal promissor de melhora.


Veja o vídeo (em inglês): Entrevista Pós-Tratamento (5 de Julho de 2007) (24 de Julho de 2007)

A interação social de Marcos mostrou vastas melhorias. Ele tornou-se muito confortável na presença de multidões. Sua mãe diz que ele agora 'procura por outras crianças,' e que 'Agora ele tem uma vida social '. O comportamento de Mark também melhorou. Ele não perde mais a calma espontaneamente, como visto nas fases anteriores do tratamento.
Mais importante ainda, a comunicação de Marcos e sua competência linguística mudaram profundamente. Ele consegue conversar sem parar e sua fala se tornou mais clara '100% ', o que, consequentemente, é o que lhe permite mostrar essa melhoria da socialização.

Veja o vídeo (em inglês): Entrevista Pós-Tratamento 2 ( 24 de Julho de 2007)


Fonte :: http://tratamentocomcelulastronco.com/

Células tronco - FAQ (Perguntas Frequentes)

A maioria dos pacientes têm muitas das mesmas perguntas sobre células-tronco e sobre o tratamento e abaixo você vai encontrar as respostas básicas para as mais comuns. Nós o encorajamos a contactar-nos se você precisar de respostas mais completas ou tiver quaisquer outras perguntas.

:: A terapia com células tronco pode melhorar a minha condição?

Resposta: Embora a terapia com células-tronco não possa fornecer uma cura para qualquer condição, muitos pacientes e seus parentes com doenças degenerativas e de desenvolvimento sentem de forma inequívoca que o seu tratamento tem melhorado significativamente a qualidade de vida para muitos pacientes que sofrem de doenças degenerativas e de desenvolvimento. Por exemplo, a terapia com células-tronco não vai eliminar a presença genética de uma doença neurodegenerativa, mas pode inverter os sintomas que um paciente enfrenta, trazendo assim, uma melhoria da qualidade de vida dos pacientes e, potencialmente, melhorar sua chances de sobrevivência. É importante notar que muitos médicos, pacientes e cientistas em geral acreditam que quanto mais cedo um paciente tem um tratamento, melhor será o impacto sobre a qualidade de vida do paciente.

:: Células tronco preservadas criogenicamente do próprio paciente ou o cordão umbilical de um parente podem ser usados para o tratamento?

R: Visto que os produtos derivados do sangue são altamente regulamentados na China, não é possível para os pacientes importar o seu próprio sangue do cordão umbilical de outros países para a China. A Beike só tem permissão para utilizar células tronco do cordão umbilical de hospitais específicos dentro da China. As células-tronco são testadas várias vezes em todo o seu processo de expansão tanto pelos bancos de sangue do governo quanto nos próprios laboratórios particulares da Beike para a sua segurança. É importante observar que, enquanto nós acreditamos que ao se utilizar as células tronco do cordão umbilical do paciente possam resultar em melhorias mais dramáticas, a partir de nossa experiência, ao se utilizar sangue de parentes do cordão umbilical para tratamento de pacientes, não acreditamos que existe um benefício adicional. Além disso, uma amostra de sangue do cordão umbilical pode fazer apenas uma injeção e nossos protocolos de tratamento exigem injeções múltiplas. Eventualmente nosso objetivo final é permitir que os pacientes usem seus cordões umbilicais preservados. Por favor, pergunte ao seu representante de serviço Beike se isso for algo no qual você está interessado e podemos atualizá-lo sobre os últimos progressos.

:: Que tipo de paciente não será permitido o tratamento em hospitais parceiros da Beike?

R: Nossa responsabilidade é oferecer as nossas células-tronco para tratamentos que nós sentimos confiança que serão seguros e que possam ajudar a melhorar a saúde de um paciente e seu bem-estar. Nós não fornecemos células tronco para tratamento, se achamos que existe potencial, não importa quão pequeno, de desenvolvimento de qualquer dano a curto ou a longo prazo para o paciente. Atualmente, a Beike não fornece células-tronco para o tratamento de pacientes com câncer ou com um alto risco de câncer. Também não iremos fornecer células tronco para mulheres grávidas. Pedimos a essas mulheres que esperem até que sua condição se estabilize após o parto. Além disso, Beike não irá fornecer células-tronco para todos os pacientes cujo bem-estar poderia deteriorar-se devido a viagens internacionais, pacientes que precisem de respiração por ventilação mecânica ou qualquer paciente que o nosso departamento médico acredite que não vai se beneficiar do tratamento.

:: O tratamento com células tronco SCU ou CTM-CU pode causar câncer?

R: É importante salientar que, geralmente há muito pouca ou nenhuma preocupação por cientistas informados ou imparciais sobre o sangue do cordão umbilical, células tronco mesenquimais do cordão umbilical e derivadas da medula óssea, ao contrário das embrionárias ou células-tronco fetais, que podem causar câncer e tumores. Nenhum dos mais de 6.000 pacientes que foram tratados com células-tronco da Beike desenvolveram câncer devido ao tratamento. Na realidade, atualmente os investigadores estão encontrando maneiras de usar células-tronco adultas derivadas de células do cordão umbilical e células 'assassinas' para atacar tumores e tratar pacientes com câncer.

:: Por que eu tenho que viajar para a China para receber o tratamento?

R: A China tem sido pioneira em tratamentos com células-tronco adultas já por vários anos. Os hospitais e pessoal médico que trabalham em hospitais parceiros da Beike são experientes e confiantes na manipulação de células-tronco e no monitoramento do tratamento dos pacientes. Além disso, na China os pacientes são capazes de obter a melhor relação custo-benefício para quem procura um pacote de tratamento completo em termos de qualidade hospitalar, reabilitação, e custo das células-tronco. Embora a Beike funcione com hospitais em outros países, geralmente são para doenças específicas em ensaios clínicos ou que tem um custo mais elevado. Há um centro de tratamento parceiro localizado em Bangcoq para pacientes que desejam receber o tratamento na Tailândia, a um custo mais elevado.

:: Eu posso escolher o centro de tratamento para aonde eu irei?

R: Embora você possa certamente sugerir sua preferência por um centro de tratamento, a seleção final é baseado na revisão do nosso departamento médico de seu caso, a capacidade do centro de tratamento para fornecer uma terapia completa e também a disponibilidade do quarto durante o período de tempo em que você deseja receber o tratamento.

:: Por que os protocolos de tratamento da Beike incluem fisioterapia para a maioria dos males?

R: Durante um ciclo de tratamento típico, a maioria dos pacientes recebem sessões de
terapias de reabilitação, cinco dias por semana. Estes incluem eletro-estimulação, fisioterapia, terapia ocupacional e acupuntura. Os cientistas da Beike acreditam que estas terapias de ajudam a ativar as células-tronco em todo o corpo. Assim como um usuário de esteróides não pode aumentar a massa muscular sem fazer exercícios, as células-tronco funcionam melhor quando o organismo está ativo. Estes tratamentos podem ajudar a fornecer um alto nível de atividade para o seu corpo e colocá-lo na melhor posição possível para ver os benefícios. Pacientes com distúrbios oculares só recebem apenas um programa de reabilitação composto de acupuntura se a visão é a única área afetada.

:: O que está incluído no custo total do tratamento?
R: O custo do tratamento inclui um quarto padrão para o paciente (com uma cama extra para o seu cuidador), injeções de células-tronco e tratamento médico necessário resultantes dessas injeções, reabilitação, conforme prescrito pelo especialista do centro de reabilitação, serviços de tradutor (apenas inglês/chinês), e transporte do aeroporto local para o hospital no momento da chegada e partida.


Fonte :: http://tratamentocomcelulastronco.com/

Células tronco - Doenças Tratáveis

O fato de que os benefícios nesta fase do tratamento com células-tronco provém de fatores celulares que as células-tronco liberam ao entrar no corpo podem explicar porque os pacientes com variadas doenças afirmam que o seu tratamento tem sido benéfico. As células-tronco e os protocolos da Beike já foram utilizados para o tratamento de muitas das doenças a seguir com algumas tendo muitos casos tratados, enquanto outras apenas alguns. Se a sua doença está listada aqui, por favor consulte-nos para ver se o nosso departamento médico considera que o tratamento poderia ser benéfico para você ou para seu ente querido.

* Desordens Neurológicas:
:: Ataxia
:: Ataxia Cerebelar
:: Ataxias Hereditárias

:: Ataxia espinocerebelar

:: Ataxia de Friedreich

:: Ataxia Adquirida (causada por
atrofia Espinocerebelar ou Degeneração cerebelar Olivoponto Atrofia, etc)

* Transtornos do Espectro Autístico

:: Autismo

:: Síndrome de Rett

:: Encefalomielite aguda disseminada

:: Agenesia do corpo caloso / Síndrome de Aicardi

:: Brown-Séquard

:: Síndrome Medular Central

:: Síndrome da Dor Central

:: Mielinólise da Ponte Central

:: Hipoplasia Cerebelar

:: Atrofia Cerebral

:: Malformação de Chiari

:: Paralisia Cerebral

:: Polineuropatia crônica inflamatória desmielinizante
:: Encefalopatia
:: Encefalite (sequelas)
:: Epilepsia
:: Encefalopatia Epiléptica Infantil
(Síndrome de Ohtahara)
:: Armazenamento de Glicogênio Tipo II (Doença de Pompe)
:: Síndrome de Guillain-Barré
:: Doença de Huntington
:: Doença de Kennedy (X-espinal ligada a Atrofia Muscular Bulbar)
:: Landau-Kleffner (Afasia adquirida Epileptiforme)
:: Lisencefalia
:: Neuropatia hereditária de Leber
:: Meningite (sequelas)
:: Doença dos Neurônios Motores - Esclerose Lateral Amiotrófica, Esclerose Lateral Primária, Atrofia Muscular Espinhal
:: Microcefalia
:: Atrofia de Multisistema
:: Esclerose Múltipla
:: Encefalopatia mioclônica de Bebês
:: Miopatia
:: Lipofuscinose Neuronal Ceróide
:: Neurotoxicidade
:: Desordens do Nervo Óptico
:: Hipoplasia do nervo ótico

:: Atrofia Óptica

:: Danos ao nervo óptico

:: Neuropatia óptica isquêmica

:: Mal de Parkinson
:: Lesão do nervo periférico
:: Síndrome Perisylviana
:: Polimicrogiria
:: Síndrome pós-pólio
:: Esquizencefalia
:: Displasia Septo-Óptica
:: Tetraparesia Espástica
:: Mielomeningocele
:: Lesão Medular
:: Derrame
:: Trauma cranioencefálico (sequelas)
:: Meningite do Nilo Ocidental ou Encefalite
:: Síndrome de West (espasmos infantis)
:: Síndrome de William

* Condições Cardíacas:

:: Cardiopatia Isquêmica
:: Insuficiência Cardíaca Congestiva
:: Cardiomiopatia

* Outras Desordens:

:: Pé Diabético
:: Necrose da Cabeça Femoral
:: Cirrose hepática
:: Isquemia do Membro Inferior
:: Distrofia Muscular
:: Distrofia muscular de Becker
:: Distrofia Muscular de Duchenne
:: Distrofia Muscular Progressiva
:: Retinite Pigmentosa
:: Retinopatia da Prematuridade
:: Doença vascular periférica


Fonte :: http://tratamentocomcelulastronco.com/

Células tronco - Métodos de Tratamento

Injeção Intravenosa (IV)

O método de aplicação por via intravenosa (IV) é um processo muito simples e já deve ser familiar para a maioria dos pacientes. Uma linha de tubulação com uma ponta de cateter rosca sobre uma agulha é colocada na veia do paciente. Uma vez que a colocação correta é obtida, a parte de agulha é removida e o cateter plástico flexível é deixado no local na veia com a tubulação em anexo. A solução de células-tronco misturado com o soro do sangue do cordão será administrada por meio IV (depois da avaliação pela equipe médica local, pode ser aplicado dexametasona antecipadamente para evitar possíveis reações alérgicas). Normalmente não é necessária a sedação para este procedimento. Todo o processo de injeção IV leva menos de 45 minutos para ser concluído.

Punção Lombar

A punção lombar (PL) é um procedimento usado para acessar o líquor do cérebro e da medula espinhal e ajuda a fornecer as células-tronco diretamente no líquido cérebro-espinhal, ultrapassando a barreira sangue-cérebro. Nossos médicos determinaram que este é o método menos invasivo para a entrega de células-tronco diretamente no sistema nervoso central. O Líquido Cefalorraquidiano (LCR) é usado pelo organismo para fornecer a proteção para o cérebro e medula espinhal, limitando a possibilidade de prejuízo para essas áreas. O organismo produz constantemente LCR e, portanto, qualquer fluido retirado é naturalmente substituído dentro de algumas horas.

Injeções Locais

As injeções locais podem ser utilizados para tratar uma variedade de condições. Estes incluem lesões da medula espinhal, neuropatia periférica, pé diabético, e distrofia muscular. Para injeções locais de células tronco da medula óssea ou de células tronco do cordão umbilical são implantados por múltiplas injeções diretamente e em torno do local da lesão.

Injeção Intravascular Intervencionista

A injeção intravenosa de intervenção pode ser aplicado para tratar algumas doenças cerebrovasculares e cardiovasculares, bem como doenças vasculares periféricas, tais como acidente vascular cerebral, doenças isquêmicas do coração, e necrose da cabeça femoral. As células-tronco serão transplantadas diretamente nas áreas danificadas.

Fonte :: http://tratamentocomcelulastronco.com/

Células tronco - Conceitos

Células Tronco Adultas

A Beike fornece células-tronco a partir de três fontes: sangue do cordão umbilical, cordão umbilical e da medula óssea autóloga. Depois de analisar todas as informações médicas do paciente, nossos departamento médico irá recomendar qual a fonte de células-tronco devem ser utilizados para o tratamento. Em alguns casos, os protocolos para alguns pacientes podem incluir o uso de mais de um tipo destas células-tronco.

Células Tronco do Sangue do Cordão Umbilical (SCU)

Para muitas doenças, tais como atrofia muscular espinhal, ataxia, e as condições do nervo óptico, os protocolos da Beike utilizam células tronco SCU. Nossas injeções de células-tronco SCU consistem em três subgrupos de células tronco. Estas são as células-tronco hematopoiéticas, células progenitoras endoteliais e células-tronco mesenquimais. Como já foi demonstrado em diversos estudos, as células-tronco hematopoéticas e as células-tronco progenitoras endoteliais são susceptíveis a formar os tecidos do corpo. Células-tronco mesenquimais podem auxiliar no crescimento de condrócitos (um tipo de célula fundamental para a renovação dos tecidos, nomeadamente da cartilagem), células hepáticas, renais e neurônios, e também realizar reparos em relação a problemas vasculares no cérebro, áreas oculares, e todo o corpo, incluindo o coração, rim e pâncreas. No entanto, em geral, nesta fase de pesquisas de células tronco, acredita-se que os pacientes afirmam que os benefícios vêm de fatores de crescimento celular que são liberadas pelas células-tronco após a administração.

Células Tronco Mesenquimais de Cordão Umbilical (CTM-CU)

Com base em publicações, pesquisas e experiências recentes, os protocolos da Beike células-tronco UC-MSC para determinadas condições. Estas injeções contem uma percentagem mais elevada de células-tronco mesenquimais do que as injeções SCU e se assemelham a composição das injeções de cultura da medula óssea dos próprios pacientes. Todos os pacientes de Esclerose Múltipla e de Lesão Medular recebem este tipo de injeção de células-tronco visto que essas células não só produzem importantes fatores de crescimento e diferenciação em tipos celulares desejados, mas também pode regular o sistema imunológico, reduzindo a inflamação, cicatrizes e apoptose celular.

Células Tronco de Medula Óssea (MO)

Para algumas doenças, incluindo Lesão Medular, Paralisia Cerebral, Lesão Traumática do Cérebro, pé diabético, necrose da cabeça do fêmur e doenças do coração, os médicos podem oferecer a opção de utilização de células-tronco da medula óssea do próprio paciente, (dependendo da condição individual do paciente). As células-tronco podem ser cultivados a partir de células retiradas da medula óssea e essas células, dependendo da qualidade da medula óssea, podem criar uma ou duas injeções separadas. Estas injeções têm também uma elevada concentração de células-tronco mesenquimais e as células-tronco MO podem ser uma opção viável para aqueles que preferem utilizar as suas próprias células tronco.


Fonte :: http://tratamentocomcelulastronco.com/
quarta-feira

Um resumo da historia do início da dieta sem glúten e sem caseína

Quero dividir essa leitura com vocês, porém no meio de tanta pesquisa sobre o autismo eu baixei o arquivo da internet e não me lembro a fonte. E, para completar, no arquivo não tem o nome do escritor.
Mas não deixa de ser interessante e para obter maiores conclusões sobre o texto voltemos as pesquisas.

***

Um resumo da historia do início da dieta sem glúten e sem caseína

A idéia de usar uma dieta no tratamento de autistas é uma abordagem não convencional. Contudo, as dietas têm sido um método usado há vários anos para cuidar de vários problemas como epilepsia, hiperatividade, doença celíaca, câncer, autismo e muitas outras desabilidades e doenças. Muitas pesquisas mostram o benefício de uma intervenção com a dieta.

Nos anos 80 alguns pesquisadores começaram a notar que o comportamento de vários animais submetidos à influência de drogas opióides como morfina e heroína eram similares aos comportamentos de alguns autistas. Dr. Jaak Panksepp propôs que autistas poderiam ter, naturalmente, elevados níveis de componentes de drogas opióides no seu sistema nervoso. Logo depois o Dr. Christopher Gillberg encontrou provas da existência de elevados níveis de substâncias parecidas com endorfinas no fluído cerebrospinal de alguns autistas. Estes níveis são mais elevados em autistas que são mais insensíveis à dor e que demonstram um comportamento mais agressivo.

O Dr. Karl Reichelt achou peptídeos na urina de autistas e este descobrimento foi reproduzido por “Autism Research Unit at the University of Sunderland” pela direção de Paul Shattock que constatou que na urina de 50% das pessoas autistas encontra-se um nível elevado de substancias similares aos opióides peptídeos, o que foi confirmado por outros pesquisadores.

Está crescendo o número de pesquisas sobre este assunto e já se sabe que certos alimentos parecem afetar o desenvolvimento de algumas crianças e causar comportamentos autistas. Muitos pais perceberam a conexão entre autismo e a ingestão de certos tipos de alimentos comprovando que eles não digerem apropriadamente algumas proteínas. Várias pesquisas mostram que o autista tem um distúrbio imunológico que pode gerar problemas para digerir proteínas como caseína, glúten e alimentos fenólicos além de outros alimentos.

O que acontece:

Os pesquisadores acreditam que o nível dos componentes achados na origem central do sistema nervoso possam ser os resultados de uma incompleta digestão de alguns alimentos. A proteína, que é formada de uma longa cadeia de aminoácidos, normalmente é digerida pela enzima intestinal que quebra o vínculo que conecta o aminoácido. Enzimas são proteínas que também possuem uma longa cadeia de aminoácidos que se modificam em formas tridimensionais específicas, cada uma com uma atividade em que se encaixa a proteína que está alimentando. Se a enzima é alterada, isto alterará a sua função e a proteína não processará o alimento como deveria.

Quando isso acontece há uma digestão incompleta deixando aminoácidos que deveriam ser vinculados em cadeias chamadas peptídeos. Duas proteínas que se quebram em peptídeos e que produzem atividades opióides são: a caseína, que é a proteína encontrada no leite animal (proteína que produz um peptídeo chamado casomorfina); e o glúten que é a proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e seus derivados (proteína que produz um peptídeo chamado gliadinomorfina). Se as enzimas que deveriam digerir o trigo e o leite não estão atuando apropriadamente isto pode gerar um funcionamento propício para a formação de opióides. Normalmente, quando isso acontece esses peptídeos são jogados na urina. Mas, se algum escapa e entra no sistema sangüíneo, eles podem atingir o cérebro - “blood-brain barrier” - causando sérios problemas neurológicos. Isso nos leva ao “Leaking Gut” conhecido como Intestino Poroso que faz com que o trato digestivo de vários autistas não absorva todos os nutrientes ou que os processem de maneiras diferentes. O intestino imperfeito deixa moléculas que deveriam ser contidas, serem descarregadas na corrente sangüínea. Esta pode ser a maneira que peptídeos impróprios passem para o sistema sangüíneo e atinjam o cérebro.

Não se sabe o porquê dos autistas não digerirem estas proteínas. Acredita-se que seja uma deficiência na enzima requerida para um metabolismo apropriado, o que pode gerar uma deficiência na absorção de minerais, resistências a vírus, bactérias, candidíase, etc.

O teste tradicional de alergia não detecta este problema, talvez porque isso não seja uma alergia, mas intolerância a glúten, caseína e outros alimentos que possam sensibilizar o autista.

Alteração no sistema Imunológico pode gerar Cândida Albicans:

Cândida Albicans “Yeast” é um fungo monocelular que vive no nosso corpo em pequenas quantidades. Especula-se que em pessoas com distúrbio no sistema imunológico estes fungos possam crescer no trato intestinal e causar vários problemas incluindo cansaço, confusão, hiperatividade, diminuição de atenção, constipação, dor de barriga, dor de cabeça, diabetes e problemas comportamentais.

Algumas pessoas conseguem controlar este problema com Nistatina, Ketoconosal, Diflucan, embora a maioria dos medicamentos não seja absorvida corretamente pelo intestino poroso. O problema só poderá ser resolvido com uma dieta com pouco ou sem nenhum açúcar, poucos carboidratos, sem produtos que contenham cafeína e álcool, e qualquer outro alimento que possa causar alergia. Aconselha-se também a ingestão de acidófilos, uma alimentação regulada e em quantidades pequenas três vezes ao dia - para se levar mais tempo para a digestão -, além de beber muita água.

No começo da dieta, ao se remover estas proteínas pode haver uma reação negativa, como a de um viciado saindo das drogas. Crianças mais novas, com menos de três anos, têm um beneficio dramático com esse tipo de intervenção, mas muitos adultos que adotam essa dieta também notaram melhoras na concentração e na comunicação.

Alguns autistas só comem alimentos que contém glútem e caseína (leite, macarrão, bolos, bolachas...). Como um drogado o autista é viciado nestas proteínas. Muitos pais contam que depois de algumas semanas na dieta o autista começa a sair deste “fogge stage” – estado de confusão – como se os seus sentidos estivessem emergindo e também passam a comer outros alimentos que não comiam antes. Podem comer farinhas que não contenham glúten como tapioca arroz, batata, carnes, mel, frutas, vegetais.

Historias de sucesso com a intervenção:

Donna Williams (autista) é um ótimo exemplo de como uma dieta pode trazer benefícios. Donna, ao digerir certos alimentos, tem distúrbio sensorial (ela não consegue compreender, e se comporta como uma drogada). Depois que começou a dieta sem glúten, caseína, açúcar, nenhum tipo de conservantes, corantes e pouco salicilato, esses distúrbios diminuíram drasticamente e hoje ela consegue interagir com outras pessoas, tem um trabalho e é casada.

Karyn Seroussi quando teve seu filho diagnosticado como autista, antes dos três anos de idade, colocou-o imediatamente na dieta sem caseína e teve o diagnóstico reformulado, não sendo mais considerado autista. Hoje ela faz parte do grupo ANDI e ajuda outros pais a promovendo a dieta sem glúten e caseína.

Muitos autistas manifestam uma reação alérgica a alguns alimentos e ela se manifesta afetando o seu comportamento. Para muitos a dieta poderá promover a cura, como no caso do filho de Karyn Seroussi ou então, mais provavelmente, a dieta irá melhorar a sua qualidade de vida.

Como uso o tratamento alternativo:

Conheci vários pais que fazem tratamentos com os filhos autistas apoiados pelo DAN (especialista em autismo nos EUA que usam a dieta) que seguem o protocolo Defeat Autism Now. Com isso, ao ouvir várias histórias de bons resultados com esta intervenção, resolvi levar o meu filho a um médico filiado ao DAN que pediu vários exames que foram feitos pelos Laboratórios Great Smokies e Great Plains.

Um conselho que recebi no primeiro contato com o especialista foi que eu deveria colocar o Luke imediatamente na dieta sem glúten, sem caseína e sem soja.

Comecei a dieta e notei uma diferença grande após duas semanas. Meu filho que batia a cabeça a cada quinze minutos sem nenhuma razão era muito agitado, só dormia seis horas e acordava no meio da noite, pulava por uns 30 minutos e só depois voltava a dormir, hoje não tem problemas com isso: dorme de mais ou menos 21:30 da noite até às 8 da manhã. Não bate mais a cabeça - só quando está nervoso o que acontece mais com a quebra de rotina -, e segue as orientações que dou a ele com mais facilidade, e está menos hiperativo.

Não tenho dúvida que ele necessita fazer a dieta. Quando por acidente ele come glúten, caseína ou soja pode-se notar que ele fica muito confuso sem conseguir processar as informações que recebe e voltam todas as reações notadas antes da dieta. Também tem problemas com Cândida Albicans e necessito tomar cuidado com a quantidade de açúcar nos alimentos que ingere.

A melhor maneira de saber se a dieta pode ajudar é fazendo a dieta. Nos Estados Unidos existem alguns laboratórios que podem fazer os testes para saber se a dieta é necessária. Conheci muitos pais que fizeram os testes e constataram que o filho não necessitava fazer a dieta, mas, mesmo assim, adotaram a dieta e notaram, depois de algum tempo, melhoras consideráveis.

Eu fiz um teste com o meu filho quando ele tinha três anos em um laboratório regular por não ter a informação que tenho hoje que crianças autistas, por terem um sistema que processa de maneira diferente, têm que fazer os testes em condições especiais. Com isso o resultado mostrou que ele o Luke não precisaria fazer a dieta. Quando ele tinha cinco anos eu o coloquei na dieta e fiz um teste no laboratório que os DAN recomendam. Em um deles, o Great Plains Laboratory, o teste mostrou que ele precisava fazer essa dieta e, claro, o mais importante, foi que notei uma grande melhora nele.

No momento ele faz a dieta sem glúten, caseína, soja, e pouco açúcar também cigo a dieta feingold sem conservantes. Luke toma suplementos como multi-vitaminas, cálcio, Omega-3 (sem mercúrio), aminoácidos, acidófilos, zinco e enzimas. Estou aos poucos fazendo a transição para SCDIET (Specific Carbohydrate Diet) – dieta específica de carboidratos - que é recomendada para regularizar o (“Leaking gut”) - Intestino Poroso e mata a Cândida Albicans. Na SCDIET que é uma dieta muito mais complicada, algumas frutas antes de serem comidas devem ser cozidas em água e outras devem estar muito maduras para serem ingeridas.

Na escola, o Luke leva a comida dele e já está consciente, depois de dois anos na dieta, que não pode comer qualquer coisa. Se tiver uma festa ele leva o bolinho dele e coisas que gosta e pode comer. Quando saímos sempre levo alguma coisa das que lhe são permitidas para não ter problemas. Exemplo: podemos ir ao Mcdonalds ele come batata-frita (é feita com óleo vegetal contém soja e, embora ele seja sensível à soja, a quantidade contida nas batatas não é o bastante para causar problemas); come hambúrguer sem pão e toma Sprite. Se for a outro restaurante ligo e explico o problema e vejo o que ele pode comer. Sempre checo todos os alimentos e remédios antes de consumi-los.

Fontes Consultadas:

Site Glúten Free Casein Free Diet – http://www.gfcfdiet.com

LEWIS, Lisa. Special Diets for Special Kids. Arlington, Texas, Future Horizons, 1998.

Pangborn, Jon & Baker Sidney. Biomedical Assessment Options For Children With Autism And Related Problems. San Diego, CA, The Autism Research Institute,2002.

LEWIS, Lisa. Special Diets for Special Kids Two. Arlington, Texas, Future Horizons, 2001

Daniel J.R. Nordemann e João A. Caracas. Problemas Neuro-Metabólicos. .São Paulo, Memnon Edições Científicas 1999.
terça-feira

Ortomolecular :: Biomolecular

Quelação ou desintoxicação de metais pesados, trata-se de uma terapia simples e utilizada há vários anos com muito sucesso por milhares de famílias nos Estados Unidos e Europa. Consiste em um protocolo de administração de agentes queladores e produtos capazes de agregarem a minerais tóxicos e excretá-los do organismo através das fezes e urina.

Autismo x Mercúrio
A terapia de quelação tem demonstrado excelentes resultados em indivíduos autistas. Já é sabido que os autistas tem uma predisposição para reter mercúrio no organismo provocando sérios danos principalmente ao sistema nervoso central. O mercúrio é a segunda substância mais tóxica do planeta, e tem por característica se instalar no cérebro. Daí a importância de se desintoxicar o organismo. A terapia dura em média de 6 meses a 2 anos, dependendo da quantidade de mercúrio acumulado no cérebro.

Agentes Queladores
E consiste basicamente na administração de agentes queladores como ALA (alpha lipoic acid) que é um antioxidante e/ou DMSA (dimercapto succinic acid). Muitos pais decidiram por não utilizar o DMSA devido ao risco de danos ao fígado. Nos EUA o ALA é vendido sem receita médica, podendo ser adquirido em supermercados, lojas de vitaminas e farmácias. Já o DMSA é de uso controlado e necessita de receita médica para ser adquirido.

Thimerosal x Vacinas
Já é sabido que os autistas são mais sensíveis a certos agentes tóxicos do que outras, em especial ao mercúrio, utilizado em vacinas infantis sob a forma de Thimerosal que é usado como conservante em vacinas múltiplas (mais de uma vacina num mesmo frasco), vacinas multidose (várias doses extraídas de um mesmo frasco), vacinas para gripe, sprays nasais, etc. Nos Estados Unidos, desde 2001 está proibida a produção de vacinas contendo Thimerosal como conservante.

Quelação no Brasil
No Brasil, esta terapia ainda é nova, enquanto que em outros países já é utilizada com muito sucesso já há alguns anos. Os profissionais indicados para acompanhamento seriam os chamados médicos ortomoleculares, porém não conhecemos no Brasil profissionais desta especialidade que sigam os protocolos DAN (DAN Protocol) e Protocolo Andy (Andy Protocol) amplamente utilizados nos Estados Unidos.

Exames
A partir da realização de exames como o mineralograma (feito com amostras de fios de cabelo) e outros de sangue e fezes pode-se fazer a contagem do nível dos minerais, essenciais, etc. presentes no organismo. E com isso determinar a necessidade ou não de agentes queladores e/ou compostos vitamínicos específicos. É recomendado o acompanhamento médico para verificar o progresso na desintoxicação, o que normalmente consista na realização de exames de fezes e urina para detectar o que (minerais tóxicos) e quanto está sendo excretado.

Nos Estados Unidos
O tratamento está sendo amplamente utilizado nos EUA com muito sucesso. Crianças autistas tem apresentado melhoras significativas no seu quadro geral, muitas delas, inclusive, voltando a falar e recuperando outras habilidades relacionadas ao desenvolvimento, chegando até mesmo a deixarem de ser "rotuladas" com autistas.

Nota
As informações aqui constantes não representam aconselhamento médico, refletem única e exclusivamente a opinião do autor. Para esclarecer suas dúvidas ou recomendar tratamento, sugerimos que procure um profissional.

Importante

:: Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

:: As informações disponíveis possuem apenas caráter educativo.

Publicado por: Dra. Shirley de Campos
15/06/2003